quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Projeto Ensinando e Aprendendo com as TIC Impostos e porcentagem.

Tecnologias na Educação:
Ensinando e Aprendendo com as TIC









                                    







TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA: IMPOSTOS E PORCENTAGENS





CLADIR DA COSTA







Palmitos , Setembro de 2011.

 PLANEJAMENTO DAS AULAS
CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Endereço: Padre Manuel da Nóbrega – Palmitos  
Professora titular: Cladir P. da Costa
Disciplina: Matemática
Turno: Noturno

Tema Gerador:
 Explorando a matemática através dos impostos e porcentagens que usamos no dia-a-dia.

Objetivo do Tema:
           
Fazer a associação do real com a matemática, tornando as situações problemas um desafio para os alunos.
Observar nas contas de água, luz, telefone, IPTU, o valor de impostos pagos nas faturas.
Calcular o montante dos gastos de impostos no pagamento da conta de luz, telefone, comida, e outros pagamentos realizados durante o mês na sua família.
Conscientizar o aluno da importância de exigir cupom ou nota fiscal de suas compras.
Conduzir a aula de forma que os alunos tomem consciência de seus direitos por pagar impostos, que estes retornem à educação beneficiando a saúde pública e até mesmo o transporte da escola.

Conteúdo Conceitual:
  • Impostos e Porcentagens






Objetivos do Conteúdo

·        Identificar os conceitos de porcentagem, relacionando razão, proporção, regra de três e números racionais e irracionais.
·        Resolver situações problemas.
·        Elaborar estratégias para o cálculo de porcentagens.
·        Relacionar o pagamento de impostos feitos no dia-a-dia com a matemática aprendida em sala de aula.
·        Analisar taxas de juros oferecidas pelas lojas na hora da compra de tais objetos ou até mesmo os empréstimos oferecidos.
·        Fazer pesquisas na internet sobre os valores recadados em impostos pelo governo do Estado em um mês.

Tempo de duração: no mínimo 8 h/aulas.

Metodologia:

A presente Transposição Didática será desenvolvida, e aplicada na turma de Matemática do EF no  CEJA  Será utilizada a exploração de exemplos criativos, bem como a utilização de faturas construindo as situações problemas, e os conceitos dos conteúdos estudados sobre impostos e porcentagens, pesquisas na internet sobre a recadação de impostos pelo Governo, e demais assuntos.
           

Desenvolvimento:

            Realizar uma pesquisa sobre energia elétrica, com ênfase na questão das crises energéticas que vem ocorrendo em nosso país buscando diagnosticar as principais causas desse fato, a fim de evitar o desperdício, bem como comprovar a aplicabilidade dos conhecimentos matemáticos para que haja uma boa análise, estruturação, verificação e diagnóstico dos dados coletados durante a pesquisa. Através de toda essa análise além de conscientização, trabalhar os impostos da conta de luz e telefone e suas porcentagens.


A PROBLEMÁTICA ATUAL DAS CRISES DE ENERGIA
           
            Nos últimos anos, o Brasil tem passado por uma grave crise energética. O aumento populacional e a melhoria da qualidade de vida, devido ao grande desenvolvimento tecnológico e industrial, são apontados como os principais fatores que geram um aumento consideravelmente alto na demanda de energia elétrica. Além desses, não podemos deixar de considerar que muitos consumidores residenciais e comerciais, talvez por falta de informação, contribuem para agravar ainda mais a situação. É certo que se considerarmos o desperdício de energia de um habitante, este parece ser insignificante, porém, em um país que tem 170.000.000 de habitantes, somos levados a concordar que o mínimo de desperdício por habitante X 170.000.000 , representa uma quantidade elevada de energia que não está sendo aproveitada, e que, por conseqüência, terá que ser reposta pelas usinas produtoras de energia, para que não ocorram blecautes indesejados.
            A cada segundo que passa está nascendo mais um cidadão brasileiro. Se você imaginar a população brasileira em 1976 em torno de 110 milhões de pessoas e hoje temos mais de 160 milhões. São cerca de 3.400.000 novos brasileiros que nascem por ano. Como não foi construída nenhuma nova usina elétrica nesses 29 anos, temos hoje energia suficiente para 110 milhões. Esses novos brasileiros vão precisar de mais roupas, mais ferros de passar roupa, mais casas, mais móveis, mais eletrodomésticos, mais chuveiros, mais comida, mais casamentos, mais escolas, mais estradas, mais hospitais e mais tudo que um ser humano merece ter para ter uma vida saudável e digna como cidadãos brasileiros. Esse aumento populacional corresponde a uma necessidade de 1.600.000 novos Kilowatts por ano.
            A cada ano que passa, a tecnologia lança novos aparelhos que serão adquiridos pelos brasileiros para melhorar a qualidade da sua vida. São fornos de microondas, videocassetes, microcomputadores, etc. Há alguns anos atrás esses aparelhos não existiam. Eles são movidos a eletricidade. O consumo de cada brasileiro aumenta também por que ele passa a usar mais e mais aparelhos elétricos inventados pela tecnologia. Esse aumento causado por novos tipos de aparelhos eletrodomésticos corresponde a uma necessidade de 2.400.000 novos Kilowatts por ano.
            A melhoria da qualidade de vida da população em geral depende da quantidade e da qualidade das indústrias instaladas no país. Qualquer país, por mais simples que seja, possui um Projeto Industrial onde o governo fornece incentivos básicos para as indústrias. Entende-se como incentivos, condições técnicas e financeiras que efetivamente contribuem para o barateamento do custo de produção. Esse aumento causado por novas indústrias corresponde a uma necessidade de 3.200.000 de novos Kilowatts por ano.
            Como se vê, o Brasil necessita ter um mínimo de aumento da produção de energia elétrica de 7.200.000 kW por ano, que pode ser obtido através da construção de novas usinas. Qualquer valor abaixo disso significa produzir menos que a necessidade real de toda a população brasileira. Porém, a construção de novas usinas e o investimento em outras formas de geração de energia é algo que cabe ao governo, que tem poder financeiro para isso. Cabe a nós, cidadãos brasileiros, exigir de nossos representantes que cumpram a sua função enquanto cumprimos com a nossa, que é evitar o desperdício e encontrar formas de economia de energia.
            Diminuir o consumo de eletricidade não significa que devemos comer em pratos sujos, que devemos tomar banho somente aos sábados, que não devamos mais ouvir rádio ou ocupar uma geladeira. Existem outras formas, possíveis de serem realizadas que podem contribuir para a diminuição do consumo.
            Segundo Lídia Shild Ortiz[1], as crises são também oportunidades, e o Brasil aprendeu muito com o apagão de 2001. Entre as lições aprendidas, destaca-se a conscientização e adoção de medidas individuais e coletivas que propiciaram a redução da demanda em 20%.
            Assim, concluímos que não poderemos resolver o problema da crise energética, mas com certeza podemos contribuir agindo como verdadeiros brasileiros que amam a sua pátria e zelam por ela.

QUANTA ENERGIA DEVEMOS ECONOMIZAR?

            Segundo estudos realizados pelos pesquisadores das crises de energia elétrica, para atender a necessidade da população e evitar que aconteçam futuros blecautes indesejados, faz-se necessário diminuir a demanda de energia em 20%. 




ATIVIDADES COM O GRUPO

1) Dividir a turma em grupos de três componentes. Cada grupo deverá analisar uma fatura de energia elétrica rural e/ou residencial urbana, procurando inicialmente identificar os principais componentes da fatura, relatados abaixo:
Componentes do custo de energia:
·        Energia____________, esse valor refere-se a energia gasta.
·        Distribuição__________, valor pago para a CELESC fazer a distribuição de energia pela rede.
·        Trasmissão____________, refere-se ao valor cobrado para trazer a energia das usinas pela CELESC.
·        Encargos________, valor de impostos cobrados pelo Governo Federal.
·        Tributos (ICMS, PIS/PASEP E COFINS)__________, impostos.
·        COSIP __________, serviços cobrados pela prefeitura para iluminação pública.
(Cobrado somente nas faturas urbanas).

   OBS: Além disso, se os alunos trazem faturas urbanas e rurais poderão discutir as semelhanças e diferenças entre essas faturas, além dos tributos cobrados na fatura.


2) Em relação ao texto lido a cima “Quanta energia devemos economizar? é necessário que se comece a economizar já. A demanda de economia é de 20 %, então através de uma regra de três é possível descobrir o quanto você pode economizar já na próxima fatura.
R: Utilizando a fatura a cima o gasto foi de R$ 159,97
                                   porcentagem (%)
159,97                        100
x                                  20

Fazendo meios pelos extremos temos:
100.x = 3199,4
x = 3199,4:100            x  =  R$ 31,99                       
R: é necessário economizar durante 1 mês R$ 31,99

Podemos calcular quanto isso equivale em KW/h no mês:
KW/h              reais
340               159,97            
     x                 31,99

Fazendo meios pelos extremos temos:
159,97.x = 10.876,6
x = 10.876,6:159,97   

x = 67,99        
R: é necessário economizar aproximadamente 67,99 Kw/h num mês.



Fatura da conta de telefone scaneada


É possível fazer um comparativo e analisar o valor da Alíquota de imposto pago ao ICMS na fatura de energia elétrica e na fatura de telefone.
Na conta de energia são cobrados 12 % do valor para o ICMS, ou seja, Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, já na conta de telefone é cobrado 25 % do valor para o ICMS.
OBS: Essas atividades também podem ser feitas com notas fiscais de mercadorias adquiridas, com folhetos de propaganda, em fim tudo o que se pode analisar o pagamento de impostos.





[1] Coordenadora do Núcleo Amigos da Terra/Brasil e do GT Energia do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento.

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